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Após megadecreto de Milei, planos de saúde aumentam 40% na Argentina

Presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: Adrián Escandar/Wikimedia Commons

Operadoras de planos de saúde da Argentina informaram aos seus clientes que a partir de janeiro de 2024 as mensalidades terão um aumento de cerca de 40%. O motivo por trás desse reajuste está ligado ao megadecreto anunciado na última quarta-feira (20) pelo presidente Javier Milei.

A medida, que revogou ou modificou mais de 300 normas para desregular a economia argentina, eliminou os controles de preços na saúde privada e equiparou a “medicina pré-paga” à “obra social”, ou seja, não haverá mais a intermediação de sindicatos no setor.

Cerca de 61% da população argentina utiliza a medicina privada, enquanto 36% dependem do sistema público e 3% contam com planos estatais, conforme dados do censo de 2022. Embora o decreto entre em vigor apenas na próxima sexta-feira (29) e precise ser aprovado pelo Congresso para se tornar permanente, as operadoras já acordaram entre si os aumentos para compensar as perdas que sofreram com a inflação nos últimos anos.

“Os custos subiam pelo elevador, enquanto os ajustes das mensalidades subiam pela escada, o que gerava um deterioro descomunal”, afirmou Claudio Belocopitt, presidente da União Argentina de Saúde (UAS) e dono da Swiss Medical, uma das maiores operadoras do país, à Radio con Vos.

Nos comunicados enviados aos clientes, as operadoras justificam que o aumento “foi possibilitado” ou foi feito “em conformidade” com o decreto, “com o objetivo de cobrir os custos produzidos fundamentalmente nos últimos meses como consequência de diversos fatores”.

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