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Assessor de Bolsonaro já disseminava gesto supremacista branco dias antes da eleição em 2018

Nesta quarta-feira (24) durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, à qual o chanceler Ernesto Araújo compareceu como convidado, o assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Filipe Martins, fez um gesto obsceno com às mãos.

Ao que tudo indica, o assessor gostaria de mandar todos tomarem no cu ou dizer que audiência não estava sendo uma das melhores. Porém, esse sinal entrou para lista de símbolos de ódio nos EUA. Amplamente usado como representação de “OK”, o sinal de mão ganhou nova conotação para grupos extremistas e por isso foi adicionado recentemente a uma lista de símbolos de ódio. O gesto com forma arredondada entre o indicador e o polegar foi classificado como “uma verdadeira expressão da supremacia branca” pela Liga Antidifamação, organização dos Estados Unidos que monitora crimes de ódio.

Nas redes sociais, o assessor resolveu se defender e disse que estava ajeitando a lapela e que irá processar quem o acusa de gesto “supremacista branco”.

Porém, Martins já disseminava gesto supremacista branco dias antes da eleição em 2018 que elegeu Bolsonaro. Em Outubro, o assessor publicou nas redes sociais: “Está decretada a nova cruzada. Deus vult!”. A expressão ligada às Cruzadas da Idade Média também é usada por supremacistas brancos nos EUA.

“Deus vult”, expressão do latim que em português significa “Deus quer”, vem estampando camisetas, textos, tatuagens e tweets da extrema direita mundial desde que Donald Trump resolveu se lançar candidato à presidência dos EUA, em 2016.

Confira abaixo a publicação do assessor: