Assessor Filipe Martins levou minuta golpista a Bolsonaro, diz Cid em delação
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), durante sua delação premiada concedida à Polícia Federal (PF), compartilhou informações intrigantes sobre os eventos que se seguiram à derrota do ex-presidente no segundo turno das eleições de 2022. Segundo o relato de Cid, Bolsonaro recebeu uma minuta de seu assessor Filipe Martins, que propunha a convocação de novas eleições e a prisão de oponentes políticos. Com informações da coluna de Aguirre Talento, no UOL.
De acordo com as informações prestadas por Cid, Bolsonaro não apenas recebeu o referido documento, mas também discutiu seu conteúdo com altos comandantes militares. O denunciante também alegou que o almirante Almir Garnier, que na época era o comandante da Marinha, teria demonstrado apoio ao plano golpista em conversas privadas, embora o Alto Comando das Forças Armadas não tenha aderido à ideia.
Filipe Martins desempenhou um papel proeminente como assessor especial da Presidência para assuntos internacionais durante o governo Bolsonaro. Sua trajetória também incluiu um episódio controverso, quando enfrentou uma acusação de racismo por parte do Ministério Público Federal devido a um gesto feito durante uma sessão no Senado, transmitido pela televisão. O gesto em questão foi associado aos movimentos supremacistas brancos dos Estados Unidos, representando a sigla “White Power” ou “Poder Branco”. Embora a denúncia tenha sido inicialmente aceita pela Justiça do Distrito Federal, Martins acabou sendo absolvido posteriormente.
🇧🇷 Filipe Martins, assessor internacional do presidente da República, durante sessão do Senado Federal para ouvir o chanceler Ernesto Araújo. pic.twitter.com/EVinI5T9jd
— Eixo Político (@eixopolitico) March 24, 2021
É importante mencionar que durante o período eleitoral, Martins também utilizou suas redes sociais para disseminar um discurso alinhado ao governo do ex-capitão, questionando a confiabilidade das urnas eletrônicas e levantando dúvidas sobre os resultados das eleições. No entanto, após a derrota no segundo turno, Martins interrompeu suas atividades de publicação nas redes sociais.
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