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Associação de PMs diz que corporação está pronta para o golpe

Bolsonaro participa de formatura da Polícia Militar do DF – Divulgação Presidência

A Associação Nacional dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil) divulgou uma nota depois que governadores se reuniram para discutir a atuação de Polícias Militares nas manifestações bolsonaristas convocadas para o dia sete de Setembro. A preocupação é de que haja ameaças de golpe (“ruptura institucional”) no dia.

A nota da Amebrasil, tornada pública na noite de segunda-feira (23), diz que, no caso de “defesa interna ou de ruptura institucional (estado de sítio ou de defesa)”, as PMs seguirão o Exército.

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e presidente da associação, Marcos Antônio Nunes de Oliveira, é quem assina o texto a favor do golpe.

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“Afora essas missões ainda lhes são atribuídas, no campo da defesa interna ou no caso de ruptura institucional (estado de sítio ou de defesa), compor o esforço de mobilização nacional para a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais e garantir a lei e a ordem. Nesses casos, as polícias militares serão automaticamente convocadas pela força terrestre federal para atuarem nesse contexto como força auxiliar e reserva do Exército”, diz a nota.

A associação também escreveu que “a segurança e a ordem pública, conforme mandamento da Constituição Federal no seu artigo 144” compete às polícias militares.

Com informações da coluna Grande Angular

Coronel que convocou PMs para ato golpista foi afastado

O coronel Aleksander Lacerda, que comanda sete batalhões da PM em São Paulo, foi afastado por Doria.

O motivo do afastamento foi indisciplina, informa a coluna de Lauro Jardim no Globo.

Lacerda foi excluído dos quadros da Polícia Militar após convocar “amigos” para a manifestação bolsonarista que ocorre no próximo mês.

O coronel tinha sob suas ordens sete batalhões da PM de São Paulo, uma tropa de cerca de 5 mil homens.

Ao convocar para o ato, ele chamou o governador do estado de “cepa indiana”.

Também ofendeu Rodrigo Pacheco, chamando-o de “covarde”, e Rodrigo Maia, chamado de “mafioso”.

Assustado com risco de motim, Doria deposita atrasados de policiais

Com 14 meses de atraso, o governador de SP, João Doria (PSDB), pagou o bônus atrasado a policiais.

O pagamento é referente aos meses de maio e junho de 2020 e foi divulgado no Diário Oficial desta terça (24).

A bonificação foi paga em meio ao clima tenso entre o tucano e a PM.

Diversos policiais gravaram vídeos convocando para os atos pró-golpe no dia 7 de setembro.

Um deles, o coronel Aleksander Lacerda, foi afastado por Doria.

O bônus vale tanto para a polícia Civil quanto Militar do estado.