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Autor de texto compartilhado por Bolsonaro: ‘Não sabia que ia ter uma repercussão dessas’

Portinho é filiado ao Novo, partido pelo qual concorreu a vereador nas eleições de 2016 no Rio de Janeiro Foto: Facebook

Reportagem de Daniel Gullino no Globo informa que o texto compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, que diz que o Brasil é “ingovernável” sem “conchavos” , foi escrito pelo professor e servidor público Paulo Portinho, que trabalha na Comissão de Valores Mobiliários (CMV). Portinho, que costuma comentar sobre política em sua página no Facebook, publicou a mensagem no último sábado, com a intenção de que ela circulasse apenas entre pessoas próximas.  Ele se surpreendeu, contudo, com a repercussão que o texto ganhou, principalmente após ter sido compartilhado por Bolsonaro. “Não sabia que ia ter uma repercussão dessas. Não gostaria de ficar exposto. Pessoalmente, foi uma coisa que me deixou chateado. Não sabia que ia chegar a esse ponto. Era uma coisa para as pessoas que participam da minha rede pessoal, só”, relatou Portinho ao GLOBO.

De acordo com a publicação, ele explica que fica feliz com a divulgação de suas ideias, mas que preferia que texto ficasse como foi compartilhado por Bolsonaro, ou seja, como “autor desconhecido”. Portinho tem um blog, onde também fala de política, e já escreveu quatro livros sobre finanças. “A pessoa gostar do meu texto me deixa feliz. O presidente está no direito dele de partilhar. Mas, se continuasse como autor desconhecido, ficaria mais feliz”, diz.

Portinho é filiado ao Novo, partido pelo qual concorreu a vereador nas eleições de 2016 no Rio de Janeiro. Ele diz que a experiência foi “muito difícil”, porque não gostou da experiência de pedir votos e dinheiro para as pessoas, e que por isso está afastado da vida partidária, apesar de seguir votando nos candidatos do partido. Nas eleições do ano passado, votou em João Amoêdo (Novo) para presidente no primeiro turno e preferiu não votar no segundo, entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), completa o Jornal O Globo.

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