Redução do Auxílio Brasil em 2023 dará folga orçamentária de R$ 46,5 bilhões ao governo

Com a possível redução do Auxílio Brasil de 2022 para 2023, o próximo governo terá folga orçamentária de R$ 46,5 bilhões. Para o próximo ano, o governo prevê uma parcela temporária para pagar ao menos R$ 400 por família. No ano seguinte, a previsão inicial é de um R$ 217,17 por família.

A abertura dessa folga orçamentária depende da aprovação da PEC dos Precatórios no Senado. O texto limita o pagamento das dívidas reconhecidas por sentenças judiciais e muda o seu indexador. Com isso, abre margem no teto de gastos.

Segundo o Ministério da Cidadania, do orçamento total de R$ 84,7 bilhões, apenas R$ 38,2 bilhões são fixos. O volume restante de recursos, R$ 45,6 bilhões, corresponde ao orçamento provisório, que será usado para pagar os R$ 400 até o fim do próximo ano.

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Auxílio Brasil de Bolsonaro mira eleitores de Lula

O Auxílio Brasil, novo programa do governo Bolsonaro, mira os eleitores de Lula. O novo benefício mira nos cidadãos que dão o triplo de vantagem a Lula sobre ele em 2022: pobres, nordestinos e desempregados. Os três grupos representam os que pior avaliam o governo Bolsonaro, segundo o Datafolha.

Mais da metade dos eleitores (51%) vivem em famílias com renda mensal inferior a dois salários mínimos. Entre eles, 54% pretendem votar em Lula no primeiro turno de 2022. Só 20% dizem que irão votar em Bolsonaro.

Os recursos do Auxílio Brasil também são focados no Nordeste, que concentra 1/4 dos eleitores do país. É justamente nos estados da região que Lula tem maior vantagem sobre o presidente: 61% a 16%. O petista também lidera entre desempregados, que representam 10% dos eleitores. 55% votarão nele e só 19% no mandatário.

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