Um relatório recente da FGV Direito Rio revelou que vários anúncios aprovados para veiculação no YouTube via GoogleAds estariam em desacordo com as políticas de desinformação eleitoral e discurso de ódio da plataforma.
O estudo, parte do projeto Mídia e Democracia, utilizou 16 frases variadas, resultando em 38 submissões entre os dias 10 e 20 de abril, tanto em inglês quanto em português. Dessas, 4 foram reprovadas, 1 foi aprovada com restrições e as demais foram inicialmente aprovadas. Entretanto, os materiais não foram veiculados, pois foram agendados para divulgação futura ou para não serem visíveis aos usuários.
Em resposta à Folha, o Google não comentou diretamente o conteúdo do relatório, mas enfatizou suas ações para conter conteúdos que violam suas políticas em grande escala. A empresa afirmou que utiliza inteligência artificial e revisores humanos para aplicar suas políticas e que bloqueia bilhões de anúncios anualmente antes de serem exibidos.
Foram submetidos 20 anúncios em português, dos quais 3 foram reprovados e 1 foi aprovado com restrições. Das 18 traduções em inglês, 1 foi reprovada. O uso de frases em dois idiomas serviu para verificar se haveria diferença na reprovação entre eles, mas o contexto das frases em inglês geralmente estava relacionado a palavras-chave do contexto brasileiro.