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Aziz dá recado ao agora convocado Barros na CPI e diz que “convite é para quem a gente respeita”

Senadores integrantes da CPI da Pandemia conversam com a imprensa sobre as ações da comissão.
Participam:
vice-presidente da CPIPANDEMIA, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM);
relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Depois da sessão da CPI da Covid desta quinta (12) ser encerrada, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e membros de oposição concederam entrevista coletiva.

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Recado para Ricardo Barros

Na coletiva, os senadores falaram sobre o curto depoimento do deputado federal e líder do governo Jair Bolsonaro, Ricardo Barros (PP-PR).

Omar Aziz encerrou a sessão após questão de ordem do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) para que Barros fosse chamado novamente à comissão, mas como convocado, e não convidado.

Em fala forte, o presidente da CPI disse que a comissão perdeu o respeito por Barros e, agora, ele não terá mais a deferência de prestar depoimento na condição de convidado. “Em respeito aos parlamentares, deputados federais, nós trocamos a convocação pelo convite e esperávamos que o deputado viesse aqui com todo o respeito. O mesmo respeito que nós tivemos para com ele, trocando a convocação dele para convite, ele não teve, logo no início da CPI. Convite é uma deferência que a gente faz a quem a gente respeita. Convocação é para quem a gente perde o respeito, para quem desrespeita a comissão. É simples. No convite foi feita uma deferência ao deputado federal. E a partir do momento em que ele desrespeita o trabalho da CPI… Desde o primeiro momento ele foi alertado. Ele está convocado. E agora ele pode ir para o Supremo para não vir”.

“Hoje, em pouco tempo, ficou provado que o deputado Ricardo Barros está no radar de todo mundo que vende vacina por intermediação, fora os outros crimes que ele cometeu em relação a imunização de rebanho, em relação ao negacionismo, dizendo que se imunizasse 60% da população não teria mais ninguém para se infectar”, completou Aziz.

CanSino desmente Ricardo Barros

Vice-presidente de Negócios Internacionais da farmacêutica chinesa CanSino, Pierre Morgon, disse ao jornal Valor Econômico que decidiu trocar a empresa representante do laboratório no Brasil por questões de compliance. O executivo disse que segue interessado em vender sua vacina contra a Covid-19 para o Ministério da Saúde.

É o oposto que Barros falou à CPI nesta quinta (12).

Omar Aziz e Ricardo Barros (Foto: Agência Senado)