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Bolsonarista Daniel Silveira passou 80 dias preso em quartel da PM

O deputado Daniel Silveira (RJ), (Foto: Câmara dos Deputados)

Daniel Silveira foi preso nesta terça (16)por publicar vídeo atacando o ministro Edson Fachin e o STF, após o ministro subir o tom contra uma declaração de 2018 feita pelo ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, de teor notadamente golpista.

Mas ele já está habituado com a prisão, conforme matéria publicada por Sergio Ramalho em 12 de agosto de 2020 no Intercept Brasil:

A imagem do anabolizado então candidato a deputado federal pelo PSL exibindo pedaços de uma placa em homenagem a Marielle Franco como troféu tirou do anonimato Daniel Lúcio da Silveira. Era quinta-feira, 4 de outubro de 2018, quando a foto ganhou as capas de jornais, sites e revistas. Naquela mesma data, uma outra publicação envolvendo Silveira não viralizou.

Trata-se do Boletim Interno da Polícia Militar nº 45, que trazia no alto da página 15 a exclusão do então soldado Silveira, com data retroativa a 14 de agosto. Chegava ao fim uma problemática carreira de cinco anos, nove meses e 17 dias na PM do Rio de Janeiro. O Intercept teve acesso, com exclusividade, ao histórico disciplinar do ex-policial. Ali está anotado que ele passou, ao todo, 80 dias preso no quartel entre os anos de 2013 e 2017.

A sequência de infrações resultou num processo administrativo disciplinar que Silveira tentou driblar empilhando licenças médicas e que, se tivesse sido levado a cabo, poderia resultar na sua inelegibilidade, de acordo com a Lei da Ficha limpa.

(…) O “mau comportamento” de Silveira já havia sido detalhado oito meses antes da destruição da placa da vereadora assassinada, nas páginas 15 e 16 do boletim nº 23 da PM do Rio. Segundo o relatado por seus superiores no texto, “os atos praticados pelo soldado revelam atitudes incompatíveis com a condição de policial militar”.

(…)