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Líderes bolsonaristas na Câmara citam crise institucional após liminar de Rosa Weber

Veja a Rosa Weber
Vice-presidente do STF, ministra Rosa Weber preside sessão plenária por videoconferência. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Lideranças bolsonaristas na Câmara dos Deputados ameaçam crise institucional caso a liminar de Rosa Weber não caia. A magistrada suspendeu as “emendas do relator” e agora eles dizem que a decisão é uma interferência no Legislativo.

Os parlamentares esperam que a determinação seja derrubada no plenário da Corte. Argumentam que as emendas são relacionadas a interesses de diversos parlamentares, que devem se unir contra o bloqueio.

Arthur Lira, presidente da Câmara, está furioso com a ministra. Ele prometeu levar a guerra até as últimas consequências. Nos bastidores, após ser informado sobre a suspensão, reagiu: “Quem ela pensa que é?”.

Conforme apurou o DCM, na visão de Lira, não há ilegalidade na distribuição de emenda, ainda que não passe por nenhuma transparência.

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Oposição, por outro lado, comemora liminar de Rosa Weber

A liminar de Rosa Weber suspendendo as “emendas do relator” animou líderes da oposição na Câmara dos Deputados. As emendas fazem parte do orçamento paralelo, utilizado pelo governo para comprar deputados no Congresso. Parlamentares relatam que os repasses têm sido usados para construir maioria artificial em votações nas casas legislativas, incluindo a PEC dos Precatórios.

Para a oposição, a decisão da magistrada muda o cenário do segundo turno da votação da PEC dos Precatórios.

“Essa decisão impede que partidos sejam corroídos por dentro por promessas de emendas, seus membros desarticulando as lideranças, as direções partidárias”, avalia Alessandro Molon.

Para Bohn Gass, líder do PT na Câmara, a liminar “muda o cenário de votação” da proposta. “O deputado que vota com o governo Bolsonaro é agraciado com emendas de relator. Muito boa decisão da ministra”, argumenta.

Fernanda Melchionna, do PSOL, a decisão “acaba com o elemento de estabilidade do governo Bolsonaro”. “A ironia é que votaram e aprovaram a PEC do calote fazendo uso do orçamento secreto, no velho toma-lá-dá-cá, para aumentar o próprio orçamento secreto”, critica.

 

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