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Bolsonaro ficou “aos prantos” em ligação com Alexandre de Moraes, diz deputado

Bolsonaro chorou
Bolsonaro chorando

Bolsonaro recebeu a informação que Carlos, seu filho número 2, seria preso após os atos antidemocráticos do 7 de setembro. E ligou para o ministro Alexandre Moraes “aos prantos”. Ele prometeu que não iria mais ofender nenhum magistrado. E pediu que não prendesse o vereador do Rio de Janeiro. A informação é do deputado Paulo Pimenta (PT).

“Bolsonaro foi avisado por Temer q Carluxo seria preso depois do 7 de setembro. O Machão aos prantos ligou para Alexandre de Moraes, implorando, pedindo perdão, e prometendo ‘nunca mais’ ofender o STF ou seus Ministros. Quem assistiu relata a patética e vergonhosa cena”, contou pelo Twitter.

“Quem acompanhou o desenrolar das tratativas afirma que foi pior do que meu relato. O desespero de Bolsonaro pedindo que Temer viesse as presas para Brasília foi ‘comovente’ e ainda será lembrado por muito tempo nos escaninhos do Palácio Alvorada. Carluxo nunca mais foi visto. Como jornalista eu garanto que a fonte é muito quente e confio”, concluiu.

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Bolsonaro, Carlos e a prisão

No dia 10 de setembro, o DCM havia noticiado que Bolsonaro resistiu para ligar ao ministro Alexandre de Moraes. Isto porque sabia que o magistrado estava pronto para responder aos ataques do presidente.

Não foi fácil para Temer convencer Jair Bolsonaro a publicar a carta de pacificação das instituições. O presidente chegou a dizer ao colega que não poderia pensar em paz naquele momento. Na visão dele, Alexandre de Moraes estava só esperando a hora de prender Carlos.

Um interlocutor do Planalto disse que Temer precisou de horas para convencer Bolsonaro. “O cara quer prender meu filho, como vou oferecer paz?”, teria dito o presidente numa reação nervosa. A princípio, ele estava disposto, inclusive, a manter o embate. Antes de se reunir com o MDBista, ele já havia decidido que pediria o impeachment de Barroso.

Acontece que o maior medo de Bolsonaro é ver Carlos preso. E ele estaria disposto a tudo para impedir que isso aconteça, por isso não pensava em paz alguma. Temer, por outro lado, foi muito paciente ao ouvir as reclamações do presidente e fazer ponderações.