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Bolsonaro desiste de manter Lei de Segurança Nacional e escolhe Centrão contra militares

Bolsonaro
Bolsonaro reunido com parlamentares do Centrão

Bolsonaro não vai mais vetar a revogação da Lei de Segurança Nacional. O presidente estava pronto para frear o fim da LSN por pressão dos militares. Porém, pessoas do Centrão colocaram o governante contra a parede e ele optou pela base política aliada.

Segundo reportagem do Valor Econômico, o presidente voltou atrás na sua decisão. Agora ele irá sancionar a retirada do artigo que está no projeto aprovado no Congresso. O texto fala dos crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A matéria foi discutida durante o aumento das declarações golpistas do presidente. Ele colocou em dúvida às eleições do ano que vem. O texto foi enviado à sanção pelo Senado em 12 de agosto.

A decisão foi feita faltando uma semana para as manifestações antidemocráticas do dia 7 de setembro. Bolsonaristas vão às ruas defender pautas que pedem o fechamento do STF. E também pelo voto impresso.

Aliados do governante tinham dito que ele não tinha tomado sua decisão. Porém, ele estava inclinado a atender ao pedido dos militares. Isso significava que o LSN tem grandes chances de continuar, segundo informações da Folha de SP.

Só que tudo mudou depois que ele escutou aliados do Centrão. Em pé de guerra com os poderes, Bolsonaro tenta manter a boa relação com alguns poucos deputados e senadores. Por isso resolveu ouvi-los neste momento.

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Militares, Bolsonaro e a soberania nacional

O pedido dos militares que são aliados de Bolsonaro não foi por acaso. Eles disseram que a o fim da LSN prejudicaria a soberania nacional. Havia também o entendimento que não houve discussão sobre o assunto entre Executivo e Congresso.

Se o o governante nacional vetasse o fim do LSN, o Congresso poderia manter a decisão ou derrubar o veto. E foi isso que os aliados do Centrão informaram. Para não sofrer uma nova derrota, o presidente optou por sancionar.