Bolsonaro comenta licitação superfaturada do MEC para compra de ônibus
Nesta segunda-feira (4), durante almoço com empresários no Rio de Janeiro, o presidente Bolsonaro (PL) se manifestou sobre o Ministério da Educação e licitação aberta pela pasta para aquisição de ônibus escolares. O processo é suspeito de ter um sobrepreço, já que prevê gastos de R$ 700 milhões para a compra dos coletivos.
“Como agora estão me acusando de ter armado na Educação compras superfaturadas de ônibus? Porra, nem a licitação foi feita ainda. Quem descobriu fomos nós. Nós temos compliance, temos gente trabalhando em cada ministério com lupa em contratos”, disse o presidente durante o encontro.
A denúncia foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, o qual mostrou que o governo federal teria aceitado pagar R$ 480 mil em modelos que atualmente valem em torno de R$ 270 mil. Os órgãos de controle se colocaram como contrários a licitação feita pelo ministério.
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Políticos pedem apuração de denúncia contra ministério do governo Bolsonaro
Também nesta segunda-feira (4), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, afirmou que entrará com um pedido de apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) sobre denuncias de superfaturamento de ônibus escolares pelo MEC. “Eles lucraram com mortes durante a pandemia, agora querem lucrar às custas da Educação das nossas crianças. Não iremos permitir! Corruptos!”, escreveu Rodrigues em suas redes sociais.
Quem também usou as redes sociais para criticas a ação da pasta foi o o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. “O Caminho da Escola é um dos programas sociais mais lindos que criamos. Substituir os paus-de-arara por ônibus padronizados. Compramos dezenas de milhares com total lisura. Os bolsonaristas agora querem embolsar R$ 700 milhões de propina”, escreveu Haddad em seu Twitter.