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VÍDEO: Bolsonaro diz que Enem é “ativismo político”

Jair Bolsonaro fala com jornalistas
Jair Bolsonaro fala sobre o Enem com jornalistas no Catar.
Foto: Reprodução

Em conversa com jornalistas no Catar, o presidente Jair Bolsonaro voltou a reclamar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Segundo ele, a prova mais importante do país é “ativismo político”.

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Após ser revelado que o governo cortou questões da prova, ele comparou a educação do Brasil à dos países que visitou no Oriente Médio.

“Olha o padrão do Enem do Brasil, pelo amor de Deus. Aquilo mede algum conhecimento, ou é ativismo político?”, disse ele.

Ao falar sobre o Bahrein, onde ficou hospedado em um hotel de luxo graças ao rei do país, Bolsonaro afirmou: “Olha o que eles são. Olha o que nós [brasileiros] não somos. Assim é a mesma coisa que no Catar. Você vê progresso, desenvolvimento… O que falta para nós, brasileiros, chegar (sic) a esse nível de desenvolvimento?”

Veja abaixo:

Governo Bolsonaro cortou questões do Enem

O governo Bolsonaro cortou questões do próximo Enem. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) passou a imprimir a prova previamente. O procedimento é inédito e não foi adotado em anos anteriores. Com isso, mais pessoas tiveram acesso ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) antes da aplicação.

Quem examinou a primeira versão foi o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, Anderson Oliveira, que está no cargo desde maio. 24 questões foram retiradas da prova após “leitura crítica”. Algumas dela foram consideradas “sensíveis”.

A retirada de questões da prova para deixá-la com a “cara” do governo, deixou o Enem descalibrado. O exame tem uma quantidade de questões consideradas fáceis, médias e difíceis. 13 das questões suprimidas foram reinseridas após constatar que houve mudanças no nível de dificuldade.

Segundo servidores, Danilo Dupas, atual presidente do instituto, deixou claro que a prova não poderia ter perguntas consideradas inadequadas pelo governo. A pressão é entendida por servidores como um assédio moral. Relatam ainda que a pressão atual já levou a autocensura dos grupos que escolhem as questões.

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