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Bolsonaro manda Damares e Ernesto Araújo discursar na ONU

Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

Damares Alves e Ernesto Araújo. Foto: Reprodução

Criticado pela sociedade civil brasileira e estrangeira, indígenas, ambientalistas, governos de direita e de esquerda, entidades internacionais, pela ONU e por religiosos, o governo de Jair Bolsonaro decidiu enviar às Nações Unidas seus dois principais ministros da cota ideológica do Planalto para se defender de um número inédito de denúncias sofridas pelo Brasil desde sua redemocratização.

Na segunda-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU abre sua primeira reunião do ano, com a participação virtual de 130 chefes-de-estado e ministros, além da cúpula da organização internacional. O Brasil, porém, é o único que aparece na agenda oficial do encontro representado por dois ministros: Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Família, Mulher e Direitos Humanos).

De acordo com a ONU, esse será um “caso único” de um país com dois oradores. O tempo destinado ao discurso do Brasil, de oito minutos, será dividido entre os dois ministros.

Damares Alves já indicou que usará o palanque para fazer publicidade das ações de Bolsonaro para a proteger a população na pandemia. Outro foco do discurso, segundo fontes em Brasília, poderá ser o “tecno-totalitarismo”, o novo mantra de Araújo.

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