Apoie o DCM

Bolsonaro promete agora vale-creche em Auxílio Brasil

Governo Bolsonaro desmonta fiscalização trabalhista com desvio de verbas
Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

Nesta segunda-feira (08), o governo Bolsonaro dobrou as apostas no Auxílio Brasil e editou um decreto que regulamenta e traz os detalhes dos benefícios do benefício, que em tese, passa a valer neste mês. Com informações da Folha.

Apesar da regulamentação, o programa ainda é cercado de incertezas. Primeiramente, a medida provisória que criou o Auxílio Brasil ainda não foi aprovada pelo Congresso. O novo programa traz novas regras e marca a extinção do Bolsa Família, criado em 2003, na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Auxílio Brasil terá três eixos básicos. O Benefício Primeira Infância, destinado a famílias com crianças até 3 anos, terá valor mensal de R$ 130. O Benefício Composição Familiar, voltado a famílias com gestantes ou pessoas entre 3 e 21 anos, será de R$ 65 ao mês. Há ainda o Benefício de Superação da Extrema Pobreza, pago em valor que permita que a família saia da linha da extrema pobreza, estipulada em R$ 100 de renda per capita mensal.

Leia também:

1- PSOL ressuscita CPI do Bolsolão e consegue apoio na Câmara

2- Presidente do Inep é convocado pela Câmara após saída de 35 servidores

3- Aliado de Doria e ex-bolsonarista, Moro lidera pesquisa ao Senado em SP

Vale-creche do governo Bolsonaro

O programa também prevê o pagamento de uma espécie de vale-creche a parte das famílias beneficiárias. O Auxílio Criança Cidadã será de R$ 200 para matrículas de período parcial ou R$ 300 para período integral. O valor é repassado se o responsável pela criança estiver trabalhando e não encontrar vaga em creche pública ou conveniada.

Além disso, o Auxílio Brasil aglutina outros programas acessórios. Entre eles, estão o Auxílio Esporte Escolar, pago a estudantes que se destaquem em competições esportivas, e a Bolsa de Iniciação Científica Júnior, para jovens do programa com boa atuação em competições acadêmicas. Os dois terão valor de R$ 1.000 em parcela única ou 12 parcelas de R$ 100.

Haverá ainda um incentivo que consiste na compra pelo governo de alimentos produzidos por agricultores familiares, além de um benefício para pessoas que comprovarem vínculo de emprego formal. O valor desses auxílios será de R$ 200 ao mês.

Mesmo com tudo isso, o programa não passa de uma aposta do presidente para recuperar a popularidade para às eleições de 2022. O texto perderá a validade se não for votado pelos deputados e senadores até o dia sete de dezembro. Se isso não ocorrer, o novo programa deixará de valer e o Bolsa Família retornará ao formato original. O governo, no entanto, acredita que o texto será aprovado.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.