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Após caso Mendonça, Bolsonaro está preocupado com indicações ao STJ

Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: AFP

Além da dor de cabeça com a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro agora tem outro motivo de angústia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) também tem vagas abertas.

Há duas indicações disponíveis para a corte após a saída de Nefi Cordeiro e Napoleão Nunes Maia. Também existe previsão também da aposentadoria de alguns ministros em 2022.

Em razão de afastamentos, o STJ tem funcionado com desembargadores convocados por Humberto martins, presidente da corte. Segundo a coluna de Bela Megale no Globo, bolsonaristas têm  temido os movimentos da ministra Maria Tereza Moura, indicada pelo PT em 2006. Ela vai assumir o comando da corte no ano que vem e conduzir as escolhas dos magistrados que ocuparão as vagas em aberto.

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Enquanto isso, indicação de Bolsonaro ao STF segue travada no Senado

Antes de se decidir sobre o STJ, Bolsonaro deveria se preocupar com a indicação já feita para o STF. Nesta quinta (21), completaram-se cem dias que Jair Bolsonaro indicou André Mendonça para o STF. O ex-AGU segue sem previsão de ser sabatinado e enfrenta um tempo recorde de espera, em comparação à atual composição do Supremo.

Presidente da CCJ, o senador Davi Alcolumbre tem se recusado a marcar a sabatina de Mendonça. A espera de Mendonça é muito maior do que enfrentaram os dez atuais ministros da corte. Rosa Weber foi quem mais aguardou para ser aprovada pelo Senado, em 2011, no governo Dilma Rousseff: 35 dias. Os ministros Luiz Fux, na gestão Dilma, e Ricardo Lewandowski, na gestão Lula, levaram apenas uma semana entre a indicação do Planalto e a anuência do Senado.