Jair Bolsonaro pediu a Marcelo Queiroga sobre a vacinação de adolescentes após ouvir uma comentarista apoiadora. Na terça (14), o presidente falou com o ministro da Saúde após ouvir Ana Paula Henkel, a do vôlei, no “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan.
Durante o programa, a bolsonarista citou um trecho do “Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19″ do próprio Ministério da Saúde. A versão de 14 de agosto dizia que a imunização de menores de 18 anos não era indicada. O plano, no entanto, também dizia que a vacinação de adolescentes ocorreria depois da aplicação da primeira dose em adultos. Mas Ana Paula ignorou, segundo o Antagonista.
O aval para vacinar a faixa etária foi dado pela Anvisa em junho. Dois meses depois, em setembro, uma nota técnica do Ministério da Saúde também autorizou a vacinação de adolescentes. O documento foi posteriormente deletado do site.
Segundo a bolsonarista, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relatou aumento de casos de miocadite após aplicação da segunda dose e defendeu que adolescentes não fossem imunizados. O órgão, entretanto, disse que os casos são raros e adolescentes não devem deixar de se vacinar.
“As vacinas talvez tenham demonstrado uma eficácia ou uma proteção para os idosos, mas os números que mostram crianças e adolescentes que contraem a Covid ‘não batem’ com os riscos das vacinas”. Ela então pediu que Queiroga viesse a público explicar o uso da vacina Pfizer.
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Logo após ouvir a bolsonarista na rádio, o presidente ligou para Augusto Nunes. Bolsonaro disse ao comentarista que o imunizante seria para “menores com comorbidade que queiram tomar a vacina”.
“O próprio presidente, que acompanha o programa, falou com o ministro Queiroga e pediu para passar a informação para todos nós e para todos os que estão acompanhando, segundo a qual a vacina está apenas disponível para menores com comorbidade que queiram tomar a vacina. Nós estamos até tentando contato com o ministro Queiroga, mas não estamos conseguindo”, disse o comentarista ao vivo.
Pouco depois, a rádio reproduziu um áudio de Queiroga. “O Ministério da Saúde incluiu como grupo prioritário os adolescentes que têm comorbidades”, disse o ministro.
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