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Guerra na Ucrânia: Aliados dizem que Bolsonaro vai prejudicar o Brasil

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem defendido uma posição de “neutralidade” do Brasil sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia para evitar prejuízos para negócios do país, mas suas declarações simpáticas ao presidente russo, Vladimir Putin, vão ter o mesmo efeito negativo para o Brasil no médio prazo, disseram aliados dele ao jornalista Valdo Cruz da GloboNews.

Com medo de ser alvo de retaliações do Palácio do Planalto, um aliado dele disse: “As contradições do Bolsonaro vão prejudicar o Brasil.

De um lado, ele tenta passar a imagem de que ficará neutro para evitar obstáculos para importação de fertilizantes, mas na prática ele tem um discurso a favor do Putin e isso será levado em conta, no médio prazo, pelos Estados Unidos e países europeus nas nossas negociações com eles”.

De acordo com interlocutores do presidente da República, se Bolsonaro desde o início tivesse mantido realmente uma posição de “imparcialidade”, como disse o ministro Carlos França (Relações Exteriores), estaria tudo bem para o Brasil buscar manter sua linha diplomática tradicional.

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Bolsonaro com Putin

Mas o próprio chefe do Executivo Federal emite sinais claros de ter um lado nessa disputa, o de Vladimir Putin. Para aliados do Palácio do Planalto, o que de certa forma compensa as contradições do presidente é a posição firme do Itamaraty, que votou duas vezes para condenar a invasão russa na Ucrânia.

A entidade manteve sua condição para criticar sanções econômicas que podem prejudicar o Brasil e o fornecimento de armas por países europeus para os ucranianos.

Até agora, o presidente não seguiu o mesmo caminho do Itamaraty, de condenar a quebra da integridade territorial da Ucrânia, uma das regras da ONU. E que são defendidas pelo corpo diplomático brasileiro.

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