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Brasileiros têm medo que Bolsonaro opine sobre Rússia e Ucrânia

Jair Bolsonaro.
Jair Bolsonaro. (Mauro Pimentel/AFP)

Perfis de brasileiros nas redes sociais têm expressado, de forma quase uníssona, temor e apreensão com eventuais reações do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, afirma a Coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

De acordo com levantamento realizado entre os dias 23 e 25 deste mês pela agência .MAP, a opinião pública tem pedido que Bolsonaro não se manifeste sobre o conflito, não tome partido do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e tampouco envolva o Brasil na guerra.

Sem criticar Putin diretamente ou responsabilizar a Rússia, Bolsonaro afirmou no sábado (26) que a posição do Brasil em defesa da soberania e integridade territorial de países sempre foi clara. E, mais uma vez, passou informações sobre os serviços diplomáticos disponíveis para a retirada de brasileiros da Ucrânia.

O debate sobre a guerra ocupou 33% das 2,5 milhões de publicações captadas pela agência no período —o equivalente a 841 mil postagens. Desse universo, 65% das menções foram feitas por perfis não militantes.

Já no recorte que considera usuários com posição política declarada, a direita tomou a dianteira, respondendo por 12% das publicações sobre Rússia e Ucrânia. Dentro do segmento, predominaram críticas ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e a petistas.

A esquerda, por sua vez, teve 4% de participação na discussão. Grupo tem comparado Jair Bolsonaro a Putin, repudiado a guerra e apresentado questionamentos sobre a possível alta nos preços dos combustíveis.

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Quantos estão solidários?

As manifestações de solidariedade em relação aos brasileiros residentes na Ucrânia somam 15% do volume de publicações. Os usuários também demonstram preocupação sobre eventuais riscos nas relações comerciais entre os países.

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