Na base do toma lá dá cá, Câmara define hoje futuro da PEC do Calote de Bolsonaro

Foto: Pablo Valadares/Câmara
Do UOL
A Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira (9) o segundo turno da PEC dos Precatórios, que adia e parcela o pagamento de dívidas do governo e dribla a regra do teto de gastos. A PEC é a aposta do governo para conseguir gastar mais R$ 91,6 bilhões no ano que vem e aumentar para R$ 400 o valor do Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família, até o final de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta a reeleição.
Se passar na Câmara, o texto ainda deverá ser votado duas vezes no Senado.
Os reflexos da votação de hoje e o ambiente político de Brasília, abalado por uma decisão judicial que suspendeu as emendas anônimas do chamado “orçamento paralelo”, ajudam a definir o futuro eleitoral de Bolsonaro. (…)
Nas vésperas da votação, o governo liberou quase R$ 1 bilhão em emendas a deputados, conforme levantamento da ONG Contas Abertas. (…)
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PEC dos Precatórios: Governo e oposição abrem guerra por votação
A votação do segundo turno da PEC dos Precatórios vai ser uma guerra na Câmara dos Deputados. A situação, liderada por Arthur Lira, tem usado artifícios para convencer aliados a seguirem seu desejo. Já a oposição tem utilizado todas as armas para barrar a proposta.
O presidente da Câmara autorizou que gestantes ou deputados com a saúde debilitada registrem presença pelo celular. A decisão partiu de Lira junto com outros integrantes da Mesa. Só que o aliado de Bolsonaro tem feito muita pressão em outros colegas da Casa.
Uma delas é barrar as emendas do relator. É o presidente da Câmara que define quem receberá a verba. Ele avisou que quem votar contra não receberá absolutamente nada. Isto pode prejudicar deputados que buscam ser reeleitos.
Também existem ameaças de expulsões de partidos. Claro que essa atitude é a mais radical. Só que os presidentes das siglas que querem a PEC dos Precatórios têm avisado sobre o assunto. Não querem ficar ao lado de traidores.