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Caminhoneiros rejeitam proposta de Bolsonaro e mantêm greve

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Caminhoneiros rejeitaram proposta de Bolsonaro e seguirão com o plano de greve

Os caminhoneiros não ficaram satisfeitos com o “auxílio-diesel” do governo Bolsonaro e a greve para o dia 1° de novembro continuará. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), os caminhoneiros “não querem esmola”.

Nesta quinta (21), o governo anunciou que dará subsídio de R$ 400 para ser pago aos motoristas em dezembro de 2021 até o fim do ano que vem. É uma forma de compensar o alto valor dos preços dos combustíveis. Só que isso não é o suficiente para cobrir metade das despesas da categoria.

“Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem as demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro”, afirmou o organizador da paralisação de 2018, Wallace Landim. Conhecido como Chorão, ele se posicionou ao jornal Metrópoles.

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Caminhoneiros farão greve mesmo com ações do governo

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que muda o cálculo da tributação, na tentativa de reduzir os custos da gasolina e do diesel. A proposta, que agora corre no Senado, determina que o ICMS cobrado em cada estado será calculado com base no preço médio dos combustíveis nos dois anos anteriores.

Hoje esse imposto aplicado nos combustíveis tem como referência o preço médio da gasolina, do diesel e do etanol nos 15 dias anteriores em cada estado. Isso significa que, a cada 15 dias, a base de cálculo muda, o que leva à oscilação no preço.

Para Chorão, contudo, a solução é ineficaz. “A proposta que está sendo feita pelo governo é nada mais do que transferência de responsabilidade para os governadores. Não vai adiantar a longo prazo”, declarou.