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Caso Moïse: Quiosque continuou vendendo mesmo com corpo de congolês no chão

A imagem do quiosque
Quiosques onde Moïse trabalhou, na orla da Barra da Tijuca
Imagem: Google Earth

Quase três horas mesmo com o corpo do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe estendido no chão, o quiosque Tropicália continuou vendendo cerveja, água de coco e outras bebidas, mostram as imagens da noite do crime.

Pelo menos seis clientes vão ao estabelecimento na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, para comprar produtos durante ou depois que o jovem é morto a pauladas, no último dia 24. Em outros quatro momentos, o funcionário do local retira bebidas do freezer e as leva para fora.

As gravações mostram ainda que ao menos dois dos homens que foram presos permaneceram no quiosque por duas horas após o crime, sem que ninguém fosse avisado ou detido. Eles passam nas imagens apenas quatro minutos depois de policiais militares.

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Caso Moïse: Quiosque continuou vendendo

Procurado, o advogado do dono e do funcionário do Tropicália, Darlan Santos de Almeida, afirmou que a defesa não iria se manifestar porque teria que reanalisar toda a gravação, “o que seria inviável em razão do pouco tempo”.

Enquanto socorristas ficam ali em cima do jovem, fazendo manobras cardíacas, o empregado do Tropicália leva uma garrafa do freezer. Coloca bebidas numa sacola e também vai vender fora da imagem.

As duas últimas cervejas foram vendidas pelo funcionário em frente à câmera à 1h13, enquanto peritos da Polícia Civil ainda tiravam fotos do corpo e recolhiam evidências do local, que nunca chegou a ser isolado. À 1h17, o vendedor busca uma mais uma lata no freezer e deixa o quadro.

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