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Conselho do DF identifica três agressores de enfermeiras e vai levá-los à Justiça

Bolsonarista agride profissionais da Saúde

Na tarde desta sexta (1), bolsonaristas agrediram enfermeiros que participavam de ato em homenagem a colegas mortos pela covid.

Bolsonaristas organizados humilharam, ameaçaram e agrediram os profissionais da saúde.

Em nota, o Coren-DF (Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal) “juntou todo o material probatório, identificou os agressores e vai processar cada um deles pelos atos que praticaram hoje” e rechaçou os ataques.

Leia a nota na íntegra:

Na manhã de hoje, 60 profissionais da Enfermagem se reuniam na Praça dos 3 Poderes, respeitando todas as regras de distanciamento social, para realizar um protesto em memória dos 55 enfermeiros, técnicos e auxiliares que já perderam a vida na linha de frente do combate ao coronavírus.

A manifestação seguia pacífica, até que um senhor e uma senhora, que são contra o isolamento social e consideram a pandemia da Covid019 uma invenção da mídia, partiram aos gritos para agressões físicas e verbais contra enfermeiras que participavam do ato. Uma das enfermeiras, que protestava silenciosamente e não reagiu, foi tomada violentamente pelos braços pelo agressor.

Como se não bastasse, um terceiro elemento do grupo de agressores fez um vídeo e publicou nas redes sociais, dizendo que o protesto era fake news, que moradores de rua haviam sido abordados e convencidos a usar jalecos brancos, para se passar por médicos. Depois de ultrapassar 20 mil visualizações, o vídeo foi apagado.

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) juntou todo o material probatório, identificou os agressores e vai processar cada um deles, pelos atos que praticaram hoje. A ignorância e a violência perpetrada contra a Enfermagem do Distrito Federal, em pleno Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, não ficará impune, será respondida judicialmente, para que não mais se repita.

Lamentavelmente, esse episódio retrata a triste realidade de milhares de profissionais da Enfermagem, que trabalham para salvar vidas e sofrem violência nos hospitais do país, caladas e calados, sem chance de se defender.