Bernardo Mello Franco: CPI amarelou para os militares

Para Bernardo Mello Franco, “faltou coragem” à CPI da Covid “para confrontar militares que colaboraram com o morticínio”. O colunista do jornal O Globo diz que isso não ocorreu “por falta de motivo”. “Por mais de um ano, Braga Netto comandou o comitê de crise que deveria coordenar as ações do governo. O órgão se notabilizou pela inércia e pela falta de transparência”, afirma.
Cita o atraso do ministro da Defesa no atraso para comprar vacinas e na demora para levar oxigênio a Manaus. Lembra que ele comandou reunião com Nise Yamaguchi, em que propunha mudança na bula da cloroquina.
Apesar da possível citação do general no relatório final, Mello Franco critica: “O oficial se beneficiou da falta de disposição para ouvi-lo”.
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Senadores dizem que CPI poupou militares para não estimular golpismo
Segundo Mello Franco, senadores evitaram convocar Braga Netto “para não melindrar o Exército e não ajudar Jair Bolsonaro a atiçar os quartéis”. “Se a razão foi essa, conclui-se que o golpismo compensa”, critica.
O colunista cita que, em audiência pública na Câmara dos deputados, o general ignorou perguntas sobre a pandemia. “A atitude comprova que a CPI errou ao não obrigá-lo a depor”.