Apoie o DCM

Depois de polêmica, MEC de Bolsonaro volta atrás na decisão de não avaliar alfabetização

O ministro da Educação, Ricardo Velez Rodríguez.
Foto: Jéssica Pizza / Folhapress

O Blog de Renata Cafardo no Estado de S.Paulo informa que, após polêmica, o Ministério da Educação (MEC) revogou a portaria que deixava de avaliar as crianças de 7 aos, em fase de alfabetização. O documento que tornou a media sem efeito foi assinado pelo próprio ministro Ricardo Vélez Rodríguez. Ele não teria sido consultado sobre a mudança, que foi noticiada com exclusividade ontem pelo Estado. Por causa disso, Veléz teria demitido o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Marcos Vinicius Rodrigues. Os dois discutiram em reuniões sobre o assunto. A demissão ainda não foi confirmada oficialmente.

De acordo com a publicação, um ofício enviado ao Inep, obtido pelo Estado, mostra o pedido do secretário de Alafabetização, Carlos Nadalin, pedindo a mudança. A razão alegada por ele foi a política nacional de alfabetização que estava sendo discutida no MEC. O texto diz que “a referida avaliação, no atual formato, não corresponde às necessidades da política que será implementada”. Além disso, informa que é preciso rediscutir se as crianças serão avaliadas no 2.o ano do fundamental. Nadalim é considerado do grupo que tem conexões Nadalim é dono de uma escola em Londrina, a Mundo Balão Mágico, e antes de ir para o MEC divulgava vídeos pela internet de como alfabetizar as crianças.

Foi ele também foi quem elaborou a minuta do decreto revelada pelo Estado na semana passada sobre uma política de alfabetização no País. O documento, assim como Nadalim, defende o método fônico, considerado antiguado e limitador por muitos especialistas. A minuta do decreto do MEC também previa que as crianças estejam alfabetizadas até o dim do 1. ano do fundamental. Vélez também teria pedido a demissão de Nadalim e aguardava decisão do presidente Jair Bolsonaro. A decisão do MEC de segunda-feira foi recebida com muitas críticas por secretários de educação e pela comunidade educacional em geral, completa o Estadão.