Deputado bolsonarista é acusado de administrar “gabinete do ódio” e esquema de “rachadinhas”
Do G1:

O deputado estadual do Rio Grande do Sul Ruy Irigaray (PSL) é suspeito de utilizar funcionários do gabinete, em horário de expediente, para realizar atividades que não estão vinculadas ao trabalho como assessor. Entre elas, reformar a casa da sogra, localizada de frente para o Rio Guaíba, na Zona Sul de Porto Alegre, e cuidar as filhas do casal.
As declarações ao Ministério Público do Rio Grande do Sul foram feitas por Cristina Nebas, ex-servidora, e uma assessora, que não quis se identificar. O caso, que está em sigilo, será apurado pelo promotor de Justiça Flávio Duarte. Na terça-feira (9), as duas prestaram depoimento. (…)
Mensagens trocadas entre Cristina e o casal Irigaray revelam a existência de um “gabinete do ódio” na casa da Avenida Guaíba.
Conforme a ex-assessora, havia mais de 50 telefones celulares – numa foto tirada por ela dá pra identificar 22 aparelhos – que eram utilizados para monitorar grupos de conversas e postar notícias falsas e acusações contra integrantes do próprio partido do deputado, o PSL. Trocas de mensagens entre ela, Ruy e o atual chefe de gabinete, Jean Mortaza, indicam que perfis falsos no Facebook foram criados para essa tarefa.
“Eu nunca solicitei para ela fazer nenhum tipo de ataque ao deputado Bibo Nunes. Isso é, com certeza, uma disputa política regional que existe aqui no estado do Rio Grande do Sul, clara, e não é de hoje”, rebate Ruy Irigaray.
Além das postagens falsas, Cristina também afirma que no gabinete de Ruy Irigaray há um esquema de rachadinhas. Ela disse que não aceitou participar dos repasses, mas que outros colegas se submeteram à prática.
(…)