Deputado do partido de Bolsonaro guardava propina em envelope oficial

O deputado estadual Daniel Donizet, do PL de Jair Bolsonaro.
Foto: Mardonio Vieira

O deputado estadual Daniel Donizet, do PL, partido de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do DF na manhã desta terça-feira (14). Ele é investigado pela prática de rachadinha no gabinete.

Foram apreendidos dólares, euros e reais no escritório do parlamentar. O valor, segundo a polícia, passa de R$ 100 mil. Parte da quantia estava guardada em envelopes da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Dinheiro encontrado no gabinete do deputado estadual Daniel Donizet (PL-DF).
Foto: Reprodução

Donizet é acusado de usar “funcionários fantasmas”, que batem o ponto e não aparecem para trabalhar. Parte dos salários da equipe seria repassado ao deputado, segundo as investigações.

A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão, na CLDF e em outros endereços ligados ao parlamentar em Brasília e em Goiás. O nome da ação, “Melinoe”, é uma referência à deusa grega dos fantasmas.

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Família Bolsonaro entende muito sobre funcionários fantasmas

Em 2015, durante seu último mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro empregou pelo menos cinco assessoras que não pisaram na Câmara.

As secretárias não pediram a emissão de crachás de funcionárias, nem se registraram como visitantes em nenhum momento desde aquele ano.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), segundo filho do presidente, também usou funcionários fantasmas. Quatro funcionários de Carluxo usaram o endereço de Jair Bolsonaro na Receita Federal ou na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Eles são suspeitos de serem “fantasmas” no gabinete do vereador. No então endereço chegavam comunicações fiscais e administrativas dos contratados por Carlos. À época, Jair era casado com Ana Cristina Valle e morava na Barra da Tijuca (RJ).

Gilmar Marques (ex-cunhado de Ana Cristina), André Luís Procópio (irmão dela), Andrea Siqueira Valle (irmã) e Marta da Silva Valle (cunhada) usaram o endereço de Bolsonaro para o cadastro.

Essas informações constam na denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro contra Carlos, informa a Folha. Ele é acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e apropriação indébita.

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Davi Nogueira

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