Desemprego no Brasil deve seguir até 2026, diz pesquisa

Uma análise do economista Bráulio Borges, do Ibre FGV, mostra que com o fraco crescimento e deterioração do cenário econômico, o Brasil pode ter de conviver por uma década com desemprego alto. Sendo assim, voltar a ter o chamado pleno emprego a partir de 2026.
Pelos cálculos do economista, o chamado pleno emprego no Brasil considera que a taxa de desemprego deveria estar entre 8% e 10%. Esse ponto de equilíbrio, em que os salários reais crescem em linha com a produtividade, só deve ser alcançado a partir de 2026, quando a taxa de desocupação cairia para 10,1%.
O período mais recente de desemprego abaixo dessa banda, segundo a Pnad Contínua, foi registrado entre 2012 e 2014, ainda no mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Com informações da Folha.
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Desemprego “estabilizou” desde o golpe
Em 2015, com o início de uma recessão, a desocupação cresceu, ficando acima do ponto de equilíbrio já no trimestre encerrado em fevereiro de 2016. Esse cenário se manteve desde então.
Confirmada essa expectativa, portanto, o Brasil teria uma década de excesso de desemprego, com a taxa de desocupação mais alta que a banda de pleno emprego. Segundo a mais recente Pnad Contínua, o desemprego era de 13,2% no trimestre encerrado em agosto de 2021. Ela aponta, ainda, que 31,1 milhões de pessoas estavam subutilizadas e 73,4 milhões estavam fora da força de trabalho.
“Para voltarmos ao pleno emprego em 2026, o PIB teria de crescer a 2,2% de 2022 em diante, na média. Mas já sabemos que o Brasil não vai crescer nem perto disso no ano que vem, e as expectativas se reduzem a cada semana, por conta do aperto de juros, dólar alto, ruído político e a incerteza em relação à próxima eleição”, diz Borges.
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