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Dono de sítio que miliciano escapou afirma que foi ameaçado e obrigado a escondê-lo

Capitão Adriano, denunciado da Operação Intocáveis, cuja mãe trabalho no gabinete de Flávio Bolsonaro

Do Globo:

Em depoimento prestado na Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Bahia, Leandro Abreu Guimarães, dono da fazenda onde o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega ficou escondido, revelou detalhes sobre a véspera da operação policial que culminou em sua morte, neste domingo.

O fazendeiro alegou ter sido ameaçado para levar o ex-militar ao sítio em Esplanada, na área rural daquele estado, pertecente a Gilson Dedé, vereador do PSL, onde acabou sendo localizado pela polícia. Leandro revelou também que Adriano apresentou sinais de muito nervosismo, enquanto teclava no celular, na véspera de sua morte.

O fazendeiro — que está preso por causa de armas encontradas em sua propriedade — disse aos policiais que conheceu Adriano em vaquejadas realizadas em cidades da Bahia e de Sergipe. Contou ainda que o ex-capitão do Bope chegou à Esplanada com a família dizendo estar de férias, no fim do ano passado.

Pediu para conhecer propriedades na região, alegando estar interessado em comprar uma delas. Mas isso acabou não acontecendo e o ex-capitão ficou na casa de Leandro. (…) Em outro trecho, citou também ter visto Adriano nervoso na véspera da operação policial: “na data de ontem (8 de fevereiro) o interrogado viu Adriano teclando no aparelho celular e mostrava-se bastante nervoso”. O fazendeiro perguntou o que estava acontecendo e o ex-capitão do Bope, então, o ameaçou exigindo ser levado para o sítio.

(…)