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Criador do Fome Zero critica desmonte de Bolsonaro na segurança alimentar: “Retrocesso”

Reginaldo Gonçalves da Silva, de 41 anos, separa comida que iria para o lixo, em São Paulo. Danilo Verpa/Folhapress
Reginaldo Gonçalves da Silva, de 41 anos, separa comida que iria para o lixo, em São Paulo. Danilo Verpa/Folhapress

O economista Walter Belik, que foi um dos criadores do programa Fome Zero, durante o governo Lula (PT), afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no domingo (23), que o governo Bolsonaro conduz uma política deliberada de desmonte da rede contra a fome no país.

Belik é professor aposentado do Instituto de Economia da Unicamp e um dos principais pesquisadores em segurança alimentar no Brasil. De acordo com ele, o país voltar ao mapa da fome depois de ter saído é um “retrocesso inédito”.

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Fome Zero

O Fome Zero foi o programa que pavimentou a saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para Alimentação da Agricultura (FAO), feito realizado em 2014.

No entanto, em 2018, o país voltou ao mapa e em 2020 registrou que 55,2% das pessoas sofria com insegurança alimentar, segundo pesquisa da Rede Penssan. Em 2021, ficaram conhecidas cenas de famílias buscando ossos e carcaças para se alimentar, além de procurar restos em caminhões de lixo.

“Estamos numa situação de retrocesso que é única no mundo. Não há sequer um caso na história documentado pela FAO de um país que saiu do mapa e voltou. Nenhum. Esse é o tamanho da tragédia que estamos vivendo”, afirmou Walter Belik.

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