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Eduardo Bolsonaro quer plebiscito sobre pena de morte “Se o povo aprovar, já vira lei”

Eduardo Bolsonaro e amigos com bandeira usada por supremacistas brancos

 

Em entrevista ao Globo, mais uma amostra do apetite e da anencefalia de Eduardo Bolsonaro, que ainda vão dar muito problema a Jair:

O senhor externou na viagem à Indonésia concordância com o sistema penal que o país adota, que inclui pena de morte para traficantes. Antes, já havia defendido pena de morte em casos de crimes premeditados que resultem em morte e de pedofilia. O que o senhor diz a respeito?

É uma política que dá certo por lá (na Indonésia). Você anda por lá e não vê a pessoa nem fumando maconha, que é tida como uma droga mais leve. Você não encontra as pessoas na rua fazendo uso de qualquer droga que seja. Alguns tipos de crime… O cara premedita, mata a outra: ele precisa ter uma punição à altura. Ele sabe o que está fazendo. Se ele tiver consciência do que está fazendo, eu acho que seria uma medida bem propícia para ser levada a um referendo.

O senhor defende um referendo sobre pena de morte para traficantes?

Exige um debate junto à sociedade.

Acredita que deve haver um referendo de pena de morte para traficantes?

Traficantes, políticos que desviam dinheiro da saúde… tem vários crimes que implicam na vida dos outros e que podem levar a um estudo dessa medida. Eu sei que é uma cláusula pétrea da Constituição, artigo 5º etc. Porém, existem exceções. Uma das exceções é para o desertor em caso de guerra. Por que não colocar outra exceção para crimes hediondos?

É uma coisa que pode encampar, agora que o pai do senhor assume a Presidência a partir de 1º de janeiro? Já conversou isso com o presidente eleito, com as pessoas que estão formando o novo governo?

Sempre ocorreu um entrave por conta da Constituição, do artigo 5º. Não é o que eu quero, o que Jair Bolsonaro quer. É o que a Constituição permite. Se houver algum jurista que lastreie esse posicionamento, por que não? Isso aí tem de ser uma construção.

Mas seria um referendo?

Seria a melhor forma, ou um plebiscito. Talvez um plebiscito seja melhor.

O senhor acha que o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, concorda?

Não sei. Tem que ver a opinião dele. (…)

Como seria um referendo sobre eventual punição com pena de morte?

Primeiro, teria de se aprovar a lei aqui (no Congresso), e depois fazer o referendo. Por isso acho melhor o plebiscito. Faz uma pergunta direta para o povo. Se o povo aprovar, já vira lei.

O senhor acha que essa discussão no primeiro ano de governo de Bolsonaro é possível?

Eu acho que sim.