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El País encerra edição em português após 8 anos

El País
EL País encerra edição em português.
Foto: Reprodução

O El País, jornal com a maior tiragem da Espanha, anunciou nesta terça-feira (14) que vai encerrar sua edição em português.

Em comunicado aos leitores, o jornal informou que ainda mantém correspondentes em São Paulo, mas que, após oito anos, não será mais impresso ou digitalizado em português.

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“Esta edição nasceu em 2013 e durante oito anos informou sobre a atualidade brasileira e mundial”, diz a nota, esclarecendo que a edição “não alcançou sua sustentabilidade econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade”.

“Para este jornal, o Brasil é um eixo da informação global tanto no plano político e econômico, quanto no cultural e social”, acrescenta o memorando.

Leia abaixo:

A edição em português do EL PAÍS despede-se hoje de seus leitores. Esta edição nasceu em 2013 e durante oito anos informou sobre a atualidade brasileira e mundial. Neste tempo, apesar de ter atingido grandes audiências e um número considerável de assinantes digitais, ela não alcançou sua sustentabilidade econômica, o que levou à decisão por sua descontinuidade.

O EL PAÍS, que mantém correspondentes em São Paulo, conta com a mais extensa rede de jornalistas no continente. A partir de sua redação na Cidade do México, dos escritórios de Washington, Bogotá e Buenos Aires e de seus jornalistas nas principais capitais, a edição do EL PAÍS América oferece a mais completa cobertura em espanhol da área. Um esforço que será ampliado nos próximos meses e no qual o jornal concentrará suas energias.

Queremos agradecer aos profissionais do EL PAÍS Brasil por seu grande esforço e dedicação. Como também à fidelidade de nossos leitores, que poderão acompanhar a informação sobre a região e o resto do mundo em nossa edição da América. Para este jornal, o Brasil é um eixo da informação global tanto no plano político e econômico, quanto no cultural e social.

Editorial do El País em novembro defendeu aliança europeia em torno de Lula contra a extrema-direita

O ex-presidente Lula (PT) foi capa do jornal El País espanhol (e de sua edição no Brasil). Na época, ele estava encerrando uma viagem pela Europa que percorreu países como Bélgica, França e Espanha. O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu Lula como chefe de Estado. Mas não foi só no El País que o petista apareceu. Marcou seu espaço também na televisão.

O El País defendeu uma aliança de países europeus com Lula contra a extrema-direita. Para o jornal, é importante haver uma “reaproximação da esquerda europeia ao possível próximo presidente do Brasil”.

O texto afirma que ele é “a alternativa para acabar com o populismo de extrema-direita de Bolsonaro”. “Sua visão em termos de valores e governança global multilateral dá sentido a essa conversa entre progressistas dos dois continentes”, aponta.

De acordo com o jornal, Bolsonaro “segue o conhecido manual do populismo autoritário”. Enquanto Lula já “mostrou sua sensibilidade com a pobreza e por justiça social”.

“Lula deixou em seu rastro na Europa a mensagem de que o Brasil não é o Bolsonaro. E de que uma esquerda democrática, realista e disposta a lutar contra a desigualdade é possível”, afirma o jornal.

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