Estudante que encurralou Bolsonaro já simpatizou com presidente: “Eu gostava dele”
A estudante de 19 anos que chamou de “farsa” o presidente Jair Bolsonaro (PL), no cercadinho, em Brasília, na segunda-feira (24), já foi simpatizante dele. “Me arrependo amargamente”, disse Hadassa Gomes. Ela afirmou ter sido coagida pelos apoiadores bolsonaristas e pela equipe de segurança.
“Eu não votei na época que ele se candidatou, mas eu gostava dele. Hoje eu me arrependo amargamente, obviamente. Eu conheci política bem naquela época que ele vinha ganhando evidência. Em 2016 que eu comecei a acompanhar, tinha 14, 13 anos, e comecei a acompanhar como alguém que não sabia nada, eu não tinha noção nenhuma”, disse Hadassa em entrevista à revista Carta Capital.
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Ela mora no interior de São Paulo mas estava em Brasília passando férias com a família.
“A visão que eu tinha, de uma adolescente que não sabia nada de política, era aquela sujeira, então política é suja, tudo sujo. E quando vi ele falando daquela maneira que passa um tom de honestidade, eu acreditei que ele realmente era uma exceção dentro da sujeira e acabei entrando na narrativa de que existe todo um sistema e ele era o pilar de honestidade ali, o único que se levantava contra a corrupção”, explicou a estudante.
Ela conta que passou a desgostar de Bolsonaro por conta da atuação do presidente em relação à pandemia. A menina perdeu conhecidos para a Covid-19.
“Eu já não era aquela menina que confiava que ele era um político honesto, mas o que me fez ter uma revolta com ele foi a pandemia. Quando eu ligava a TV e via todas aquelas declarações dele, ficava revoltada. Me sentia muito impotente por estar presa em casa, assistindo”, disse.
Para as eleições de outubro, Hadassa acredita em uma terceira via. Ela não se vê representada por Lula e muito menos por Bolsonaro, a “farsa”.
Com informações da Carta Capital
Saiba quem é a estudante que chamou Bolsonaro de “farsa”
Hadassa Gomes encurralou Bolsonaro nesta terça (25) ao chamá-lo de farsa. Ela é estudante de jornalismo e mora na cidade de Sorocaba. Com apenas 19 anos, usou um trecho bíblico para questionar o presidente, que ficou sem graça e não soube dar nenhuma resposta.