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Estudante do Mackenzie usa suástica em protesto contra vacinas e se diz “vítima do nazismo”

Entrada da Universidade Mackenzie, em São Paulo. Foto: Mackenzie/Divulgação

Um estudante de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, utilizou, durante a aula online, a imagem de uma suástica com quatro seringas para “protestar” contra a obrigatoriedade da vacinação em servidores públicos. O fato absurdo aconteceu no chat da videochamada.

“Estou sendo vítima do nazismo nesse exato momento. Esse é o meu protesto”, afirmou o aluno. Veja na imagem ao final da página.

Estudante do Mackenzie com suástica para “protestar” contra vacinas. Imagem: Reprodução

Confrontado por colegas e pelo professor, o aluno que se identificou apenas como “Rafael” escreveu: “nós servidores públicos fomos obrigados a tomar vacina nessa semana”.

Os outros estudantes chegaram a pensar que se tratava de um invasor, mas o próprio Rafael confirmou que era aluno.

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Estudante do Mackenzie com suástica para “protestar” contra vacinas. Imagem: Reprodução

O professor que ministrava a aula, Helcio Dallari, afirmou: “Tem um problema aqui relacionado à imagem que você está usando. A imagem da suástica”. Rafael, então, explicou que era uma suástica com quatro seringas, mas o professor repetiu: “É, mas o símbolo da suástica não é um símbolo aceitável. Seria melhor você alterar. Não vou nem entrar na discussão, o porquê que você está usando isso aí, mas enfim. O símbolo da suástica não tem respaldo”.

Os alunos que assistiam à aula disseram que acionaram o Ministério Público e pedem a suspensão de Rafael.

O Centro Acadêmico João Mendes Jr., do curso de direito do Mackenzie, divulgou uma nota se manifestando:

“Em um país que se aproxima de 600 mil mortos vítimas da Covid-19 e que tem como única medida efetiva de contenção da pandemia a vacinação, a associação da vacina à suástica nazista é inadmissível. O Centro Acadêmico João Mendes Júnior repudia veementemente toda e qualquer forma de racismo, sobretudo no curso de um período inegavelmente delicado da história nacional, com constantes ameaças democráticas e proliferação massiva de discursos de ódio, e sobretudo na semana que marca uma das datas mais importantes e sagradas para o judaísmo: o Yom Kippur”.

Com informações da coluna de Mônica Bergamo