Estudo sugere que palavra “mãe” seja trocada por “pessoa lactante”

Surgiu um estudo que indicava que se deveria utilizar uma linguagem neutra naquilo que está relacionado com a maternidade, partilhado pela “Academy of Breastfeeding Medicine”, segundo o site RFM de Portugal. Nele é indicado que a palavra “mãe” seja trocada por “pessoa lactante”.
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Estudo sobre linguagem neutra envolve a palavra “mãe”
Trata-se de um estudo de uma organização mundial de médicos que se dedicam à promoção, proteção e apoio do aleitamento materno. Esse estudo foi colocado em prática em alguns países, como o Reino Unido e a Austrália, mas, mais recentemente, surgiu um outro que aponta para uma direção contrária e que diz que essa mesma linguagem pode ser prejudicial.
Para muitas mulheres, a gravidez é, sem dúvida, algo difícil de colocar em palavras. Sente-se e, apesar de ser mais fácil ou difícil para muitas mulheres, tudo vale a pena, sobretudo, quando o bebé nasce.
No entanto, a linguagem utilizada durante a gravidez e durante os primeiros meses e anos de vida de uma criança, em certos países, é posta em causa. A utilização de uma linguagem neutra, com o objetivo de não ferir suscetibilidades e de incluir todos aqueles que se sentem minorizados ou discriminados, está cada vez mais colocado em discussão.
O Serviço Nacional de Saúde britânico chegou a implementar uma “linguagem inclusiva em termos de género”, onde se substitiu “amamentação” por “alimentação ao peito”, “leite materno” por “leite humano” e ainda “mães” por “pessoas grávidas” ou “pessoas lactantes”.
Só que esta alteração, que deveria ter sido utilizada para ser sensível às necessidades individuais e ser mais inclusiva, acabou por produzir efeitos contrários e consequências para as mulheres e para as crianças.
Um estudo realizado por 10 investigadoras de saúde da Austrália, Estados Unidos, Europa e Ásia chegaram à conclusão que a substituição de palavras por frases neutras reduz o “vínculo mãe-bebé” e prejudica a amamentação. Não há consenso sobre o assunto.