Estudo revela o que causou tragédia em Brumadinho

Nesta segunda-feira (04), o MPF recebeuo relatório final sobre as causas do rompimento da Barragem que causou a tragédia de Brumadinho (MG), no início de 2019. O desastre causou pelo menos 261 mortos e 9 desaparecidos até hoje.
Um estudo foi feito pela Universitat Politécnica de Catalunya (UPC), da Espanha, concluiu que a ruptura se deu pelo fenômeno de liquefação, ligado diretamente ao comportamento frágil não drenado do solo, causado por um “evento adicional”. É uma perfuração que estava sendo feita quando tudo aconteceu.
Para chegar nessas conclusões, foi realizado uma série de simulações computadorizadas, que foram detalhadas no relatório. Vários cenários foram testados. O relatório, destaca que quando o acidente aconteceu, “a maioria dos rejeitos da barragem eram fofos, contráteis, saturados e mal drenados e, portanto, altamente suscetíveis à liquefação”.
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O que diz o relatório
“As simulações da história da barragem não mostram sinais de colapso iminente da barragem no momento da ruptura, mesmo quando fenômenos de creep (deformações internas contínuas, que se desenvolvem com o tempo, sob determinada carga) e de aumento de precipitação são incorporados na análise. Na verdade, a estabilidade também é obtida mesmo que a análise seja continuada por um período de mais 100 anos. Este resultado sugere que algum fator ou evento adicional foi necessário para que a barragem rompesse.”, diz o relatório, reconhecendo que algum fator fora do previsto causou o incidente.