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Ex-integrante da Lava Jato diz que Telegram era “ambiente de botequim”

Do Globo:

Dallagnol, no celular

Ex-integrante da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, o procurador regional Orlando Martello enviou um e-mail aos seus colegas fazendo um desabafo sobre o teor dos diálogos mantidos entre os procuradores da operação, que vieram a público após hackers terem invadido o aplicativo Telegram usado pelo procurador Deltan Dallagnol.

Em uma espécie de mea culpa, Martello afirma que o grupo de conversas era “uma área livre, uma área de descarrego em que expressávamos emoção, indignação, protesto, brincadeiras” e que, por conta disso, “podemos ter extrapolado muitas vezes”. Chega a comparar o espaço com um “ambiente de botequim”, para deixar claro que eram conversas informais e passar o recado de que aqueles pensamentos não interferiam na atuação técnica da força-tarefa, dizendo que “sempre prevaleceu a razão”.

É a primeira vez que um procurador da Lava-Jato comenta o teor dos diálogos, cuja autenticidade vinha sendo contestada por eles desde o início da revelação das conversas pelo site “Intercept Brasil”, no ano passado. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski liberou à defesa do ex-presidente Lula o acesso ao material apreendido com os hackers, em operação da Polícia Federal.

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