Apoie o DCM

Ex-médicos da Prevent Senior eram obrigados a receitar o “tratamento precoce” e chegaram a trabalhar com covid

Do G1:

Ivermectina e hidroxicloroquina estão no “kit-covid” oferecido pelo hospital

Médicos que trabalharam na linha de frente da Covid-19 na Prevent Senior, uma das maiores operadoras de saúde do país, relatam uma rotina de pressão e assédio constantes para prescrever medicações que eles sabem que não funcionam e que podem agravar o quadro dos pacientes: o “kit covid”, com cloroquina, azitromicina, ivermectina e a flutamida, indicada apenas para câncer de próstata.

A reportagem da Globonews conversou com cinco médicos que trabalharam na operadora. Com medo de represálias, três deles deram entrevistas sem se identificar e contaram como é o cotidiano nas unidades do plano. Dois afirmam que tiveram que fazer plantões nos hospitais da Prevent quando estavam infectados com o novo coronavírus.

 Globonews teve acesso a conversas em aplicativos de mensagens de grupos da Prevent que confirmam o relato dos profissionais. Em um dos diálogos, um diretor da empresa orienta os subordinados a medicar todos os pacientes com problemas respiratórios com hidroxicloroquina e azitromicina sem avisá-los disso, apesar de serem medicamentos sem indicação para Covid-19.

A reportagem também obteve prontuários médicos e outros documentos que mostram que práticas vetadas pelo Conselho Federal de Medicina, como a ozonioterapia. A Prevent Senior disse à GloboNews que jamais coagiu funcionários.

(…)