Até ex-ministro de Bolsonaro detona gabinete paralelo de pastores no MEC
O primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, criticou a participação de pastores na distribuição de verbas da pasta, conforme revelação do jornal O Estado de S. Paulo. Vélez considera o caso desvio de função e conduta antidemocrática. Ele ficou pouco mais de três meses no cargo, indo do início do governo até abril de 2019. Desde que foi demitido, Vélez se afastou do presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem se mostrado simpático a candidatura de Sergio Moro (Podemos).
“Durante minha gestão, eu dedicava 70% do tempo atendendo autoridades eleitas, seja do Parlamento, governadores ou prefeitos. E sempre deixei claro que este trabalho seria desempenhado por funcionários técnicos do ministério”, afirmou Vélez.
Milton Ribeiro, atual ocupante do Ministério, corre risco de cair após a revelação de que dois pastores sem cargo na estrutura da pasta comandam o repasse de verbas a municípios ligados a partidos políticos aliados.
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Vélez criticou conduta de Milton Ribeiro com pastores
O ex-ministro afirmou que não é correto contar com pastores de fora da estrutura do ministério para fazer o trabalho orçamentário. Na opinião dele, há, inclusive, discriminação contra outras religiões na conduta adotada por Milton Ribeiro.
“Os pastores são pessoas boas, assim como são padres, ou pais de santo. É um desvio de função colocá-los como intermediários para distribuir orçamento. E é uma injustiça com pessoas de outras religiões, ou mesmo ateus, que são tão brasileiros quanto. Não é um método democrático”, criticou Vélez Rodríguez.