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Facebook decide que vai remover vídeos manipulados, os deepfakes

Jair Bolsonaro e Lula “protagonizam” cena de “A Usurpadora” em vídeo deepfake
Imagem: Reprodução/Twitter Brunno Sarttori

Da reportagem de Helton Simões Gomes no Tilt do UOL.

Um vídeo de Mark Zuckerberg surpreendeu o mundo no ano passado. Nele, o todo-poderoso do Facebook admitia que a empresa manipulava as pessoas e vendia os dados delas para grandes corporações. Seria chocante, mas… tudo não passava de uma montagem descarada, conhecida como deepfake.

Ela foi criada para dar ao CEO da rede social o gostinho amargo sentido por outras vítimas, já que o site recusou tirar do ar um vídeo igualmente falso, que mostrava a deputada Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, falando como se estivesse bêbada. O presidente Donald Trump, adversário político dela, curtiu e compartilhou a peça. Agora, seis meses depois, o Facebook se deu conta da gravidade do problema e tomou uma decisão. Às vésperas da eleição presidencial nos EUA, anunciou que passará a excluir essas mídias manipuladas de sua plataforma, a fim de tentar evitar ser palco de campanhas de desinformação como as que ocorreram em 2016.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (6) por Monika Bickert, vice-presidente de políticas de conteúdo do Facebook:

“As manipulações de mídia podem ser feitas através de tecnologias simples como o Photoshop ou de ferramentas sofisticadas que usam inteligência artificial ou técnicas de “deep learning” para criar vídeos que distorçam a realidade – geralmente chamadas de deepfakes. Embora esses vídeos ainda sejam raros na Internet, eles representam um desafio significativo para nossa indústria e sociedade à medida que seu uso aumenta”.

(…)

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