Facebook amplifica discurso de ódio e põe lucro acima da segurança, diz ex-funcionária

Neste domingo (03), a ex-gerente de produtos do Facebook Frances Haugen deu uma entrevista ao programa “60 Minutes”, da rede de TV CBS. Ela fez várias denúncias sobre a plataforma. Também assumiu ser a autora do vazamento de dezenas de milhares de páginas com documentos da gigante da internet ao The Wall Street Journal.
Nos vazamentos há evidências de que a companhia de Mark Zuckerberg mentiu sobre o combate ao discurso de ódio, violência e fake news na plataforma. O material mostra ainda que os dados forjados de engajamento contra essas ocorrências enganaram investidores. Com informações da Tecmundo.
“Houve conflitos de interesse entre o que era bom para o público e o que era bom para a companhia. E o Facebook, repetidas vezes, optou por otimizar em favor de seus próprios interesses, como para ganhar mais dinheiro”, afirmou Haugen.
A ex-funcionária afirma que o Facebook desmontou sua equipe de “integridade cívica” logo após a eleição de 2020, assim que Joe Biden foi declarado vencedor, contribuindo para a disseminação de fake news e postagens agressivas que culminaram com a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro deste ano por seguidores radicais de Donald Trump.
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Queda na bolsa
Ações do Facebook fecharam em forte queda nesta segunda (4) com um dia marcado por instabilidades que deixaram o WhatsApp, o próprio Facebook e o Instagram fora do ar em diversos países. As denúncias contra supostas práticas abusivas da companhia também contribuíram para a desvalorização. Veja valores AQUI.