Familiares pedem respeito por vítimas de Covid-19 e entregam lenço branco a senadores na CPI

Às vésperas do fim dos trabalhos da CPI da Pandemia do Senado, o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ganhou, nesta segunda-feira (18), um grande varal com 600 lenços brancos. A instalação, feita pela organização não governamental (ONG) Rio de Paz, simboliza os mais de 600 mil mortos pela Covid-19 no Brasil.
A ação estava programada para acompanhar o encerramento e leitura do relatório final da CPI, adiado para quarta-feira (20).
Antes, os lenços foram expostos na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, em 8 de outubro. Após a manifestação, o taxista Márcio Antonio, que perdeu um filho para o vírus em abril de 2020, entregou os lenços aos senadores da Comisão.
“Eu quero apenas continuar meu luto em paz. Eu quero um país melhor pros meus netos”, disse em ato histórico.
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Marcio Antônio na CPI da Covid-19
A CPI da pandemia, no Senado, ouve familiares de vítimas da Covid-19. Marcio Antônio que entregou os lenços aos senadores, também foi depoente.
Marcio contou, na Comissão, como se sentiu quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em julho de 2020, a frase “e daí? Quer que faça o quê?”, quando questionado
“Eu escutei, lá no meu coração ‘e daí que seu filho morreu?’”, afirmou Marcio. Seu filho tinha morrido poucos dias antes da fala de Bolsonaro.
Seu depoimento foi um dos mais comoventes. Assista ao vídeo AQUI.