“Faria tudo de novo”, diz homem que defendeu mulher de assédio de bombeiro bolsonarista e foi agredido

De Ailim Cabral no Correio Braziliense.
O programador Jair Akson Reis Canhête, 25 anos, agredido por Guilherme Marques Filho, sargento do Corpo de Bombeiros, na última sexta-feira (18/12), revelou ao Correio que mesmo se a agressão tivesse chegado a consequências mais graves, não se arrependeria de ter tomado uma atitude contra o caso de assédio a uma mulher, no metrô.
“Faria tudo de novo, porque não se trata de conhecer ou não a pessoa. Precisamos tomar atitudes nesse mundo tão conturbado que vivemos. Fazer nossa parte. Na hora, lembrei da minha irmã que já sofreu assédio no metrô. Pensei na minha mãe que usa o transporte, nas minhas amigas”, desabafou.
O jovem acrescentou, ainda, que apesar da gravidade da situação, não perdeu a calma em nenhum momento e que isso foi fundamental para que a situação não fosse agravada.
Ele foi perseguido, agredido e ameaçado por Guilherme depois de interferir e tentar ajudar uma moça que o sargento assediou na saída do vagão do metrô, na estação da Praça do Relógio. O programador conta que estava desembarcando quando viu o homem passar a mão no cabelo da moça e olhar para trás fazendo expressões de conotação sexual.
Revoltado com a cena, Jair resolveu tomar uma atitude e tirar satisfação com o suspeito. A moça ficou assustada com a situação e afirmou não conhecer Guilherme, além de reforçar que o desconforto e nervosismo com o assédio sofrido.
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Assim que foi confrontado, Guilherme se aproximou dele e fez menção de sacar a arma, momento em que foi abordado pelos seguranças do metrô e se identificou como bombeiro militar. “Me afastei e deixei que os seguranças resolvessem, comecei a ir embora e ele me seguiu”.
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