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Fiocruz quer passaporte da vacina para o Brasil todo; Bolsonaro ataca estratégia

O presidente Jair Bolsonaro e sua caneta
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Lula Marques/Fotos públicas

Nesta sexta-feira (01), a Fiocruz divulgou um novo boletim em que recomenda a adoção do passaporte da vacina para todo o Brasil. A fundação afirma que o documento pode se tornar uma estratégia para estimular que mais cidadãos se vacinem contra a Covid-19.

Para os estudiosos da Fiocruz, o emprego do passaporte em todo o território nacional evitaria a judicialização do tema. Assim, seria possível criar um cenário de maior estabilidade frente à iniciativa. Os pesquisadores do Observatório Covid-19 da Fiocruz, responsáveis pela elaboração do boletim, alegam que o desenvolvimento dessas diretrizes a nível nacional faz parte dos pilares de universalidade e integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, destaca o boletim.

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Bolsonaro ataca

Neste mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro criticou a adoção do passaporte. O mandatário destacou que a medida jamais será utilizada pelo governo federal, e afirmou que não pode admitir que “alguns protótipos de ditadores” queiram tirar a liberdade das pessoas.

“Algumas medidas restritivas que estão aparecendo agora pelo Brasil nós não podemos admitir. A liberdade acima de tudo”, disse o presidente em discurso durante visita a Maringá (PR).

“Não podemos admitir que alguns protótipos de ditadores, em nome da saúde, queiram tirar a liberdade de vocês. Quem abre mão de parte da sua liberdade por segurança acaba ficando sem segurança e sem liberdade”, acrescentou.

“Naquilo que depender do Governo Federal, nós não teremos passaporte da covid-19. Nunca apoiamos medidas restritivas. Sempre estivemos ao lado da liberdade, do direito de ir e vir, do direito ao trabalho e da liberdade religiosa”, declarou o presidente, enquanto comentava sobre a compleição de seus mil dias de governo.

Com informações do UOL, CNN Brasil e Congresso em Foco.