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“Foi para abrir debate”, diz Paulo Galo sobre incêndio no Borba Gato

Paulo Galo – Foto: Reprodução/Twitter Jornalistas Livres

Entregador de aplicativo Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Galo, se apresentou voluntariamente hoje (28) à Polícia Civil de São Paulo para prestar depoimento.

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Galo afirma que foi um dos autores do incêndio à estátua do bandeirante Borba Gato, na zona sul da capital, no último sábado (24). Ao chegar à sede do 11º Distrito Policial de Santo Amaro, também na zona sul, o rapaz disse que o objetivo era abrir um debate sobre o monumento a um “genocida e abusador de mulheres”, nas palavras dele. A Justiça decretou a prisão temporária de Lima e sua esposa pelo incêndio. Um mandado de busca e apreensão será cumprido no imóvel onde mora o casal.

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“O ato foi para abrir um debate. Em nenhum momento, foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico. Que as pessoas agora decidam se querem ter uma estátua de 13 metros de altura que homenageia um genocida e um abusador de mulheres”, disse.

Advogado Jacob Filho afirmou ter sido pego de surpresa pelo mandado de prisão contra a esposa de Paulo. “O telefone utilizado pelo Paulo está em nome da esposa. É só por essa razão. Ela não tem ligação nenhuma [com o ato]”, avaliou. A defesa alega que a mulher de Lima não estava presente no dia do incêndio e que o casal tem uma filha de 3 anos. Jacob Filho informou que deve pedir a conversão da prisão temporária da mulher em domiciliar, por causa da criança.