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Folha de S.Paulo pede que PF investigue ameaças aos jornalistas de reportagem sobre WhatsApp na campanha de Bolsonaro

Folha de S.Paulo informa que entrou com uma representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça-feira (23) solicitando à Polícia Federal que instaure inquérito para apurar ameaças contra uma jornalista e um diretor da empresa. Os ataques começaram após a publicação da reportagem “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”, na quinta-feira (18).

De acordo com a publicação, o jornal considera haver indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa. A autora da reportagem, Patrícia Campos Mello, recebeu centenas de mensagens nas redes sociais das quais participa e por e-mail. O WhatsApp de Patrícia foi hackeado. Na invasão, parte de suas mensagens mais recentes foi apagada e seu aparelho enviou mensagens pró-Bolsonaro para alguns dos contatos da agenda telefônica da profissional.

Ela recebeu duas ligações telefônicas de número desconhecido nas quais uma voz masculina a ameaçou. Patrícia Campos Mello permanece na apuração do caso.  O diretor-executivo do Datafolha, Mauro Paulino, também foi alvo de ameaças, no seu Messenger e em sua casa.  Dois outros jornalistas da Folha que colaboraram com a reportagem, Wálter Nunes e Joana Cunha, também foram alvo de um meme falso. A mensagem simula uma conversa fantasiosa em que José Sergio Gabrielli, coordenador da campanha petista, teria encomendado a reportagem aos jornalistas, completa a Folha.

Capa da Folha com reportagem sobre disparos ilegais do WhatsApp com campanha de Bolsonaro. Foto: Reprodução