General que sobrevoou o STF durante ato golpista vai dirigir o TSE

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O general da reserva do Exército Fernando Azevedo, ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, será o novo diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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A informação é da Veja, que esclarece que o cargo “é uma espécie de ‘gerente’ da Corte Eleitoral, com a missão de cuidar de licitações e lidar com questões administrativas, além de ter sob o seu guarda-chuva a secretaria de tecnologia, responsável por desenvolver softwares utilizados pelo próprio tribunal”.
O general assume em fevereiro e vai seguir no cargo durante as eleições. Ele já atuou, em 2018, como assessor especial do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a gestão do presidente Dias Toffoli. O militar, que na época era chefe do Estado Maior do Exército, pregou “tolerância” e “conciliação” nas eleições que acabaram vencidas por Bolsonaro.
General Azevedo sobrevoou prédio do STF em 2020
Em 31 de maio de 2020, já no governo Bolsonaro, Azevedo sobrevoou o prédio do STF em Brasília, ao lado do presidente, durante um ato de bolsonaristas marcado por faixas contra a Corte e a favor de intervenção militar. Os manifestantes comemoravam naquela data o aniversário do golpe militar de 1964.
Bolsonaro e o então ministro usaram um helicóptero camuflado, com as cores do Exército, para ameaçar o Supremo. Procurada na época, a Defesa não explicou a razão de o ministro ter acompanhado o presidente no sobrevoo nem o uso da aeronave camuflada.
General Heleno admite que governo Bolsonaro não estava preparado para ataque hacker
Nesta segunda-feira (13), o general Augusto Heleno, ministro do GSI, admitiu que o governo Bolsonaro não estava preparado para o ataque hacker ao Ministério da Economia. Contudo, já tem conhecimento apesar de não ter informações de onde partiu.
“Esse tipo de ataque é uma coisa para a qual ninguém está totalmente preparado. Nem nós, nem nenhum país do mundo. Vai ser uma tônica das próximas décadas”, disse. Com informações do Valor.
“Tomei conhecimento do ataque, mas ainda não sabemos de onde partiu nem temos maiores informações. Estamos monitorando isso”, afirmou o ministro, que disse que teria uma conversa com sua equipe ainda nessa segunda sobre o assunto.
Nessa segunda, um grupo hacker identificado como Lapsus$ Group atacou servidores do Ministério da Economia e deixou mensagens com xingamentos ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Também foram atacados sites da Agência Nacional de Transportes Terrestres e páginas do Governo Digital.
Na sexta, esse mesmo grupo invadiu servidores do Ministério da Saúde. O ataque afetou, entre outros, o ConecteSUS, que mostra os dados da vacinação da população. Também foram atingidas plataformas como o Painel Coronavírus e o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização.
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