Gilmar detona Moro e Dallagnol na política: “Demonizou-se o poder para apoderar-se dele”

Foto: Agência Senado/Jane de Araújo
O ministro do STF Gilmar Mendes, um dos principais algozes da Operação Lava Jato, comentou nas redes a nova investida do ex-juiz Sergio Moro e do ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol.
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Nesta quinta-feira (4), Dallagnol renunciou definitivamente ao seu cargo no Ministério Público para se candidatar em 2022, provavelmente a deputado federal.
Já Moro confirmou há duas semanas que vai se filiar ao Podemos e deve concorrer à Presidência.
Em publicação no Twitter, Gilmar detonou os dois. Sem citá-los, ele disse que tem alertado há alguns anos para a “politização da persecução penal”.
“A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta”, declarou o ministro.
Alerto há alguns anos para a politização da persecução penal. A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) November 5, 2021
Gilmar estendeu suspeição a todos os processos de Lula julgados por Moro
Em junho, o ministro concedeu a extensão da suspeição de Sergio Moro para os outros dois processos em que o ex-juiz atuou contra Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Essa suspeição chega nos processos do sítio de Atibaia e o de doação de um imóvel para o Instituto Lula.
Gilmar atendeu a um pedido dos advogados do ex-presidente para que todos os atos decisórios do ex-magistrado nas ações fossem considerados nulos. Moro já tinha sido considerado suspeito no caso do tríplex.