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Globo nega direito de resposta de Elias Jabbour após ataque de Magnoli contra sua obra sobre China

Veja Elias Jabbour e o Globo
Elias Jabbour e O Globo. Foto: Reprodução/Twitter

O pesquisador Elias Jabbour, especialista em China e temas geopolíticos, foi atacado pelo sociólogo Demétrio Magnoli no jornal O Globo, mesmo sem citar seu nome. A publicação, segundo ele, negou direito de resposta.

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Jornal O Globo se nega

Elias escreve no Twitter, narrando o episódio:

“Direito de resposta negado

O Globo negou o direito de resposta a Demétrio Magnoli dizendo que ele não me cita diretamente no texto dele. Ele cita o autor e o chama algumas vezes de propagandista. O jornal me ofereceu um espaço para “defesa” nas cartas ao leitor. Me neguei”.

Magnoli escreveu o seguinte no jornal:

“Lula repete, como papagaio, os mandamentos de política internacional de Cuba. Contudo, casualmente no mesmo dia, Dilma revelava algo mais: para o PT, democracia é declínio, ruína histórica.

‘A China representa uma luz nessa situação de decadência e escuridão que é atravessada pelas sociedades ocidentais’. O diagnóstico de Dilma surgiu num debate de lançamento de um livro de propaganda do ‘socialismo do século XXI’ chinês. Não foi uma observação circunstancial, confinada à economia ou à tecnologia, nem a afirmação óbvia de que o Brasil deve manter relações estáveis com seu maior parceiro comercial, mas algo como um julgamento histórico.

O contexto interessa. De acordo com o autor do livro, “o socialismo é a razão no comando”. Sob tal paradigma, o ‘debate’ enalteceu, especificamente, a ‘linha justa’ imposta por Xi Jinping, ou seja, a expansão do controle do Partido-Estado sobre o setor privado da economia e mais um giro no torniquete da repressão estatal sobre a sociedade chinesa. Ninguém, ali, mencionou Hong Kong — mas celebrava-se a supressão das liberdades políticas na cidade supostamente autônoma. A palavra Xinjiang não foi pronunciada — mas comemoravam-se os crimes contra a humanidade perpetrados na região, onde centenas de milhares de muçulmanos uigures estão internados em ‘campos de reeducação'”.

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